certeza, nem eu mesma tenho

Eu posso usar um short curto, e ser a menina mais inocente que conheces. Posso dizer palavrões e ser fofa a toda hora. Posso ter a aparência de quem não sabe nada, mas na verdade ser esperta para caramba e ninguém se dar conta disso. Posso dar a entender que sou a mais ingénua do grupo, e ter só besteira na cabeça. Cuidado comigo, ninguém pode dizer quem eu sou, sempre vai haver aquela tal dúvida. Pois certeza absoluta, nem eu mesma tenho.

é assim, esconder emoções

“Sou viciada em abraços e chocolates. Adoro matar as pessoas de tanto rir. Faço tantas maldades e crueldades, aperto, mordo, incomodo, belisco todos os que eu mais amo. Gosto de roubar beijos e sorrisos. Sou uma tremenda mentirosa, aquela que por mais que esteja dando tudo errado fala que está bem para ninguém ficar preocupado.”

escravos da vida

O mundo em que vivemos não é de todo justo. Nem um bocadinho. Mas penso que todas as pessoas têm uma missão neste mundo, nem que seja, sofrer. Não por opção, mas porque tem de ser, está destinado. No entanto, podemos contornar a nossa pequena passagem por esta vida. Vida de escravidão. Não, não estou a falar daquela escravidão tradicional que se vivia em tempos remotos. Estou a falar da escravidão que se vive atualmente. Aquela de sermos escravos da nossa própria vida. Escravos da sociedade. Escravos do dinheiro. Escravos do nosso corpo. Escravos do nosso percurso enquanto seres humanos. A nossa vida é feita de rotina. Levantar, estudar, trabalhar, dormir. E, quando dás por ti, olhas para todos aqueles anos. Sim, aqueles anos que passaram e que foram todos iguais. Uma monotonia insurdecedora. Passa-te pela memória vagos acontecimentos e na realidade de que fizeste as escolhas erradas nos momentos errados.